Por Carolinne Rigotti
Não é normal aguentar assédio no trabalho, faculdade e colégio (ou em qualquer outro lugar) e o Fora da Caixa fala sobre isso
Não é normal aguentar assédio no trabalho, faculdade e colégio (ou em qualquer outro lugar) e o Fora da Caixa fala sobre isso
Infelizmente, hoje em dia não existe um local específico para sofrer um assédio. Mas o trabalho, a faculdade e a escola são alguns dos lugares que nos sentimos seguros, não é mesmo? Então, parece que a situação fica ainda mais grave e dolorosa - e eu sei bem como é se sentir assim. Por isso, hoje o Purebreak decidiu falar sobre esse assunto tão delicado e ajudar vocês a como reagir quando algo assim acontece.

O Purebreak vive levantando a bandeira do feminismo e falando das dificuldades que as mulheres enfrentam ao cruzarem com algumas pessoas mal intencionadas. E é claro que qualquer tipo de assédio é terrível, mas vocês já passaram ou pensaram na possibilidade de passar por isso dentro do ambiente de trabalho ou estudo? Pois é, não é nada fácil... Por isso esse Desculpa o Textão de hoje será sobre o assunto.

Pois é, hoje é sem piadinhas ou brincadeiras... O assunto é sério e acontece com mais gente do que se imagina. É normal achar pessoas bonitas e até dar aquela investida, tentar se aproximar da pessoa de alguma forma não invasiva... Mas o que estamos falando aqui hoje é totalmente diferente e já aconteceu comigo! Não há necessidade de entrar em muitos detalhes, mas resumidamente uma pessoa que eu nunca dei intimidade (na verdade, quando isso começou a acontecer, eu nunca tinha o visto na empresa e foi uma surpresa quando descobri que ele trabalhava sim comigo e tinha até um cargo alto) tomou a liberdade de passar a mão pelo meu corpo, olhar para mim de forma extremamente maldosa, coisas do gênero. Foram meses me sentindo sufocada e sem ter liberdade nos próprios corredores da companhia, porque sempre sentia receio de encontrá-lo. E quando finalmente tomei coragem de denunciar, descobri que estava acontecendo com várias outras meninas e todas, assim como eu, tinham medo de falar com alguém. Como essa pessoa tinha um cargo grande na firma, acreditamos que ficaria impune. Para a nossa sorte e alegria, a corporação foi TOTALMENTE responsável e nos deu todo o suporte, além de demitir o responsável pelo assédio.

Por que estamos falando sobre isso agora? Bem, a vítima costuma se sentir culpada ou ficar com medo de passar a história adiante e nós queremos mais uma vez mostrar para vocês que não é ok aceitar abusos e se sentir desprotegida o tempo todo. Se na rua já é horrível passar por isso, imagine no colégio, faculdade ou trabalho, que era um lugar que naturalmente as pessoas deveriam se sentir seguras? Nosso objetivo aqui é falar que vocês NÃO são as culpadas e que devem falar com algum responsável e/ou alguém que você sinta confiança, porque é extremamente importante.

Nós batemos um papo com a Carol Oliver, do setor de comunicação interna e, inclusive, ajudou muitas de nós durante esse período na empresa, e ela deu algumas dicas para quem está passando por uma situação semelhante. "O primeiro passo é saber identificar o que é um assédio moral e sexual e, posteriormente, procurar o setor de compliance (quem cumpre com as normais legais) da empresa ou o RH para apresentar uma denúncia formal. O setor responsável irá conduzir uma investigação e tomará uma decisão sem nenhum tipo de retalhação ou exposição à vítima", adiantou.

Para finalizar, Carol dá aquele alerta: "O mais importante do processo é a vítima entender que em momento nenhum ela possui culpa ou provocou qualquer situação que poderia desencadear um cenário de abuso". Lembrem-se sempre que vocês são muito maiores que isso e vão conseguir se livrar dessa situação ruim!

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