Por Raphael Freitas
De jornalista e fotógrafa à lojista de sucesso. Saiba como é o universo das feiras sobre games.

A rotina exaustiva da vida de escritório não agrada Mari Dertoni. Foi por não conseguir se adaptar ao cotidiano louco da vida de empregado, que a carioca de 29 anos resolveu unir a paixão por games com a vontade de empreender e ter seu próprio negócio. Mari é o novo personagem da sessão "Realizadores" do Purebreak, que já mostrou a música de Bianca Merhy e o talento dos rapazes da Primetime.

Frequentadora de eventos nerds, principalmente os de anime, em 2007, Mari deu os primeiros passos para entrar no mercado de lojista. Assim surgiu a Cogumelo Corp., marca de acessórios gamer, que hoje participa das principais feiras do setor no Brasil. Com e-commerce próprio, além de vender atacado para lojas de todos os estados brasileiros, a Cogumelo Corp. tem produtos exclusivos com os principais assuntos do mundo nerd. A marca também investe em interação com o público e a fan page no Facebook é bem divertida, cheia de tiradas geek.

"A coisa foi dando super certo nos anos seguintes, até que larguei meu emprego em 2008 para me dedicar só a empresa e eu e meu namorado (Ericson Vilela), que criou junto comigo a Cogumelo Corp., decidimos que esse seria agora o nosso trabalho", conta Mari.

Com intenção de abrir uma loja no futuro, Mari diz participar de uma média de 3 eventos por mês. Formada em jornalista, e apaixonada por fotografia, ela hoje conta com um escritório próprio onde cria bottons, camisas, porta-copos, almofadas e outros acessórios com temática nerd, além de empregar dois funcionários.

Existe preconceito com gamers no Brasil?

Apesar da rotina louca de viagens e o cansaço em montar e desmontar estandes em feiras, Mari sempre guarda um tempinho para fazer o que mais gosta: jogar videogame. Já testou o novíssimo "Dark Souls 2" e adora "Devil May Cry 5". Mas depois da polêmica envolvendo do preço do PS4 por aqui, será que o brasileiro vê com maus olhos quem trabalha com game ou falta investimento no setor? Mari dá sua opinião.

"Não, bem pelo contrário. Vejo que o mercado de games no Brasil está em crescimento constante, os consoles estão mais acessíveis, os jogos sendo produzidos no país, sendo traduzidos e até dublados em Português!", diz.

Conselho para futuros empreendedores

Com clientes entre 15 e 35 anos, Mari dá um conselho para quem quer investir na área: "Primeiro de tudo, se você fizer algo que você goste e conheça, tudo fluirá de maneira mais fácil e terá muito mais chances de dar certo! Seja criativo e sempre atualizado, pois a concorrência é enorme nessa área. Tem que ter cabeça de empreendedor e saber fazer conta no fim do mês para o negócio engrenar", afirma.

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