Larissa Barros Redatora
A louca do K-Pop e música em geral, adoro saber tudo de novo que surge no mundo, de teorias da conspiração até o último modelo de celular. Aquariana raiz, adoro tudo que é diferentão e não faço nada sem uma trilha sonora para acompanhar.
Na nova era do trabalho, as empresas estão navegando entre o desejo de retorno ao escritório e a popularidade do teletrabalho, adotando estratégias inovadoras. Uma delas é permitir que os funcionários trabalhem de qualquer lugar durante o verão, uma abordagem flexível que busca equilibrar a presença física com a liberdade remota.

Após anos de uma relação idílica entre empresas e teletrabalho, o amor entre eles finalmente se desfez e os funcionários foram quem sofreu as consequências. Contudo, onde houve chamas, restam brasas, e pouco a pouco está se impondo um modelo de trabalho híbrido no qual se combinam jornadas de trabalho presencial com dias de trabalho remoto. E o que aconteceria se esses dias de trabalho remoto pudessem ser agrupados para trabalhar uma semana específica de qualquer lugar fora do escritório?

Teletrabalho flexível. Não é novidade que o trabalho remoto é uma ferramenta eficaz para atrair e fidelizar talentos, mas esse modelo nem sempre se alinha com os interesses das empresas, que estão enviando seus funcionários de volta aos escritórios em massa. Nesse contexto, a melhor solução parece ser o trabalho híbrido. Um dos princípios desse modelo é distribuir os cinco dias da semana de trabalho entre dias presenciais e jornadas remotas.

A novidade é que algumas empresas estão flexibilizando esse modelo híbrido e permitem agrupar esses dias remotos para que os funcionários possam aproveitar melhor as férias em família ou mudar de ares por alguns dias sem ter que ir ao escritório.

Cada vez mais em empresas

Rob Sadow, CEO da Scoop Technologies, empresa que gerencia políticas de trabalho remoto em mais de 4.000 empresas ao redor do mundo, afirma que a nova medida conhecida como Work from anywhere ou trabalhar de qualquer lugar, indica que a nova medida de flexibilização já está começando a ser implementada em grandes empresas como Mastercard, Google, Visa e a financeira Citigroup.

Sadow destaca que, paradoxalmente, essa medida está sendo implementada com mais força nas empresas que estão aplicando um modelo de presença mais estrito, como recentemente visto por parte do Google e Meta. O objetivo desta medida é acalmar os ânimos dos funcionários e reduzir a tensão pelo retorno ao escritório.

O funcionário escolhe quando usá-los. O que essa medida propõe é permitir que o funcionário agrupe os dias de trabalho remoto atribuídos semanalmente, para usá-los quando for mais conveniente. "Para trabalhadores com pais, familiares e amigos em regiões ou países distantes, isso pode significar um mês inteiro juntos", declara à Bloomberg Prithwiraj Choudhury, professor da Harvard Business School que estuda o trabalho remoto.

Um bom uso poderia ser para prolongar um pouco mais a estadia nos locais de férias agora que chega o verão, sendo uma solução para planejar as férias familiares em segundas residências ou para estender a estadia da família em lugares distantes de sua residência habitual sem que tenham que interrompê-las por ter que cumprir com a cota de presença.

Flexíveis, mas com limitações

Para evitar que essa flexibilização do modelo híbrido se torne uma exceção aplicável em momentos específicos e não um hábito, empresas como Citigroup delimitaram seu uso permitindo agrupar vários dias remotos durante as semanas de agosto e dezembro, para que seus funcionários possam usá-los durante as férias ou ao se deslocarem para a casa dos familiares no Natal e trabalharem 100% remotamente nesses dias, tudo isso com a condição de não encadear várias semanas consecutivas de teletrabalho.

Um reforço para o trabalho presencial. Como na teoria dos vasos comunicantes, fazer uso dessa medida que permite trabalhar de onde quiser implica, ao mesmo tempo, ter maior presença nos escritórios fora desses períodos de férias flexibilizados, o que vem reforçar a aposta de presença que está causando tantos problemas às grandes empresas.

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