Apaixonada por livros, séries e restaurantes com comida diferente. Libriana e curiosa, poderia passar horas pesquisando sobre os mais diferentes assuntos. Poucas coisas me fazem tão feliz quanto correr na praia, ir para um barzinho e comer um docinho após o almoço.
Em 2012, os diretores por trás de Matrix fizeram a louca aposta de adaptar um romance considerado impossível de ser filmado. Um ambicioso filme de ficção científica com um enredo único que custou 100 milhões de dólares.

As carreiras de Lana e Lilly Wachowski deixaram sua marca na história do cinema com o primeiro Matrix, lançado em 1999. Mas o longa-metragem estrelado por Keanu Reeves não foi sua única realização. Nos anos 2000, elas embarcaram em um projeto ambicioso para levar para a tela grande um romance que havia sido considerado inadequado para as telas. Esse projeto foi concretizado, com o lançamento do longa-metragem em 2012.

Um projeto difícil

Depois de anos de luta para encontrar o financiamento necessário, Lana Wachowski, Lilly Wachowski e Tom Tykwer finalmente conseguiram lançar "A Viagem" em 2012, um filme de ficção científica adaptado do romance "Mapping the Clouds", de David Mitchell. O roteiro é incomum, pois a história, ou histórias, se passa ao longo de vários séculos, e cada ator assume vários papéis (até 6), dependendo da época. O filme, considerado um dos longas-metragens independentes mais caros já produzidos, teria custado US$ 102 milhões. Ele conta com um elenco impressionante: Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess e Ben Whishaw. O filme teve uma recepção mista. No Rotten Tomatoes, recebeu 66% de críticas positivas da imprensa e do público. É preciso dizer que seu roteiro peculiar e sua duração (172 minutos) não ajudaram.

"A Viagem" fica melhor a cada exibição?

A história de "A Viagem" é complexa, pois você navega entre épocas e histórias (6 no total). Seguimos, por exemplo, uma viagem marítima reveladora em um navio negreiro, um renomado especialista nuclear na década de 1970 e a existência de clones em Nova York e Seul no século 22. O "objetivo do jogo" é entender como todas essas histórias estão conectadas.

As respostas estão no filme, é claro, mas gostar de "A Viagem" não depende necessariamente do fato de você acabar reconhecendo ou não cada "conexão" literal. Você pode pensar no filme como uma jornada, uma jornada durante a qual você faz muitas descobertas e da qual, no final, você só recebe de volta o que investiu. "A Viagem" é um daqueles filmes que fica melhor quanto mais você o assiste - a cada vez você descobre novos detalhes que o aproximam da solução do enigma - mesmo que você possa apreciá-lo desde a primeira vez.

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