Por Clarissa Alves
Lojas australianas param de vender "GTA V" por encontrar violência contra mulher no jogo
Gigantes do varejo na Austrália decidiram que sua imagem familiar não combina com o game nas promoções de Natal e decidiram parar de comercializar o jogo.

Duas grandes redes de varejo da Austrália - que são como uma espécie de Lojas Americanas de lá - decidiram retirar completamente das prateleiras os jogos da Rockstar, "Grand Theft Auto 5". Uma petição criada por três moças, alertando e criticando o conteúdo de violência contra mulher que existe no jogo, ganhou mais de 45 mil assinaturas e gerou um burburinho que chegou ao conhecimento dessas lojas.

"Este jogo se espalha a ideia de que certas mulheres existem como bodes expiatórios para a violência masculina", afirma a descrição da petição. "Jogos como este estão criando mais uma geração de meninos que concordam com a violência contra as mulheres".

Prostitutas assassinadas em "GTA 5"
Prostitutas assassinadas em "GTA 5"

"GTA" sendo "GTA": sempre polêmico

Não é nem uma surpresa ver a franquia de sucesso da Rockstar recebendo críticas ou até mesmo processos judiciais. "GTA" sempre foi alvo de amor e ódio das pessoas por causa de sua história e jogabilidade controversa. É possível, sim, transar uma mulher e matá-la. Mas não há um incentivo epecífico para tal ou uma missão que peça que isso seja feito. Tudo depende da escolha do jogador que pode vandalizar, assassinar e cometer inúmeros outros crimes além deste.

Fato é que a petição chamou mesmo atenção das lojas Target, para quem foi direcionada, e também da Kmart. As empresas olharam mais à fundo para temática de "GTA 5" e decidiram questionar a opinião dos clientes sobre vender ou não o game. "Depois de uma análise a todos os conteúdos nos jogos Grand Theft Auto, a Kmart tomou a decisão de remover este produto imediatamente," disse um representante das lojas ao site Kotaku australiano. "O Kmart pede desculpa por não ter estado mais atento ao conteúdo deste jogo".

Rockstar Games
sobre
o mesmo tema