Por Carolinne Rigotti
Muitos dos idealizadores desses projetos estão preocupados com a continuidade do trabalho, afinal, sem dinheiro não tem como fazer muita coisa. Além dos 13 que já foram citados, outras instituições como a Casa do Choro do Rio de Janeiro também estão na reta para perderem o patrocínio. Entre aqui e saiba mais sobre os acontecimentos.

Museus pegam fogo por falta de manutenção, peças de teatro são cancelados por conta da censura... E, agora, 13 projetos culturais estão correndo risco de chegarem ao fim porque os patrocínios foram cortados. Esse é o caso do Anima Mundi (que, para quem não sabe, é o maior festival de animação da América Latina) Festival do Rio, a Mostra de Cinema de São Paulo, Prêmio da Música Brasileira, a Casa do Choro do Rio de Janeiro, o Clube do Choro de Brasília e muitas outras instituições, que tiveram seus apoios cortados. As informações estão em um documento enviado pela estatal aos deputados federais Áurea Carolina e Ivan Valente, do PSOL, e obtido pela CBN.

A Petrobras foi a maior patrocinadora de onze edições do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com R$600 mil em patrocínio direto só em 2018, além de contratos de distribuição. Henrique Rocha, diretor geral do Festival, está preocupado. "O que eu imagino é que a gente vai ter um ano de míngua. A gente corre um risco muito grande de interromper projetos continuados, que têm uma longa tradição, que têm muita importância, que têm um público imenso e que podem, simplesmente, serem realizados ou de forma pífia ou nem serem viabilizados", disse.

No caso do Clube do Choro, o presidente da instituição, não sabe se o projeto terá força para continuar: "A gente está vivendo momentos de angústia. Se a gente não fechar com a Caixa ou se a gente ficar sem o aceno de uma outra instituição que possa estender a mão, nós estamos sem opção". Teatro Poeira (Rio de Janeiro), Festival Porto Alegre em Cena e o Festival de Curitiba também tiveram financiamento cortado.

Segundo a revista Fórum, em audiência na Comissão de Cultura na semana passada, o gerente de patrocínios da empresa, Diego Pila, disse que a estatal só vai honrar os contratos já vigentes: "A gente não está fazendo nenhuma renovação de patrocínio de cultura e esporte, em qualquer área. A gente não teve nem que ter critérios para fazer o corte, foi geral. A gente tinha lançado uma seleção pública na área de música em dezembro do ano passado e esse é o único patrocínio novo que está sendo feito, tanto para cultura, como para esporte", disse.

Mais uma vez, os amantes de arte e cultura ficam preocupados com mais cortes. Como isso tudo vai acabar, infelizmente, ainda não sabemos. Que tudo seja resolvido logo! Para mais novidades, fique de olho aqui no Purebreak!

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