Jornalista e entusiasta do pop, posso escrever o dia todo sobre Taylor Swift ou BLACKPINK, enquanto maratono minhas séries preferidas.
Glória Maria morreu, nesta quinta-feira (2), aos 73 anos. Com cerca de 50 anos de carreira, a jornalista fez história na TV brasileira, seja como mulher negra ou nas suas entrevistas marcantes com celebridades. Na Globo, ela passou por vários programas, incluindo o "Fantástico", e já viajou para mais de 150 países em reportagens culturais. Relembre 6 vezes que Glória Maria mudou o caminho da televisão!

O mês de fevereiro começou com uma grande perda para a TV brasileira e para o mundo, de maneira geral. Glória Maria faleceu, nesta quinta-feira (2), aos 73 anos. Em 2019 foi diagnosticada com câncer pela primeira vez e, desde então, teve várias fases com a doença. A jornalista, que fez história na Rede Globo, estava internada no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.

Em cerca de 50 anos de carreira, Glória Maria se tornou âncora de vários programas como "RJTV", "Jornal Hoje", "Bom dia Rio" e marcou a emissora, com um extenso período apresentando o "Fantástico". Além de sofrer pela morte da repórter, também devemos relembrar os 6 maiores momentos de Glória, que fez história na TV!

1. Foi a 1ª repórter negra na TV brasileira

A TV brasileira ainda tem muito o que avançar na representatividade negra - e, na década de 70, a situação era ainda pior. Por isso, Glória Maria foi um grande marco na televisão, se tornando a 1ª repórter negra do audiovisual nacional. Segundo a própria Globo, a reportagem de estreia da jornalista foi ao ar em novembro de 1971 e falava sobre a queda de um viaduto no Rio de Janeiro.

Porém, Glória foi sempre consciente sobre o seu lugar e a importância de falar sobre temas "polêmicos", que afetam a população negra no Brasil: "Racismo é algo que vivi desde sempre e a gente vai aprendendo a se defender", disse em entrevista ao Globo Repórter.

2. 1ª repórter a entrar ao vivo na TV Globo

A possibilidade de exibir conteúdos ao vivo revolucionou a TV! E a primeira matéria a entrar ao vivo na televisão nacional foi com Glória Maria, em 1977. Foi também a 1ª matéria com cores exibida no "Jornal Nacional". Ainda em "fase de testes", a reportagem mostrava o trânsito na cidade do Rio de Janeiro. Em entrevista, anos depois, ela relembrou um perrengue que passou no momento: a lâmpada queimou minutos antes da equipe entrar ao vivo. Ela já mostrou a sua habilidade e contornou o problema, tendo que ficar de joelhos para usar outra fonte de iluminação!

3. Fez 1ª transmissão em HD

Pensa que acabou? Que nada! Glória também foi pioneira no "Fantástico". Além de ser a 1ª jornalista negra a apresentar o programa, que é um dos mais renomados na grade da emissora, ela também participou da 1ª transmissão em HD da TV brasileira. Exibida em 2007, a reportagem falava sobre a festa do pequi, na cultura dos indígenas Kamaiurás.

4. Cobriu vários eventos históricos

Com tanto talento, não é surpresa que a jornalista, formada pela PUC, foi enviada pela Globo para cobrir diversos eventos históricos no Brasil e no mundo. Alguns deles são a Guerra das Malvinas, em 1982, a invasão da embaixada brasileira no Peru, em 1996, os Jogos Olímpicos de Atlanta no mesmo ano e a Copa do Mundo de 1998. Além disso, ela também fez matéria sobre o atentado ao Rio Centro, na ditadura militar, e a cachina da Candelária, já em 1990.

5. Glória Maria ficou conhecida pelas entrevistas icônicas

Além de matérias de respeito, a lista de celebridades que Glória Maria entrevistou é extensa. Freddie Mercury, Elton John, Mick Jagger, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna. Ela também foi a única jornalista a conversar com Michael Jackson em uma das poucas visitas do astro ao Brasil. Na ocasião, o cantor veio gravar o clipe da música "They Don't Care About Us", no Rio de Janeiro.

6. Visitou mais de 100 países como jornalista

Qualquer amante de viagem enloquecia com as matérias de Glória Maria. A jornalista conheceu diversas cidades pelo Brasil e, ao todo, visitou mais de 150 países pelo mundo. E, além de conhecer a nação, Glória mergulhava de cabeça na cultura local, como foi o caso da matéria icônica em que a repórter experimentou maconha durante rito religioso de tribo rastafári.

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