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Nesta quinta-feira (31), o Brasil completa 58 anos do golpe militar, que permaneceu até 1985. Apesar dos mortos, torturados e perseguidos pelo regime, ainda precisamos relembrar todos os anos as atrocidades cometidas pelos militares. Veja 5 motivos do por que a ditadura não pode ser defendida de forma alguma!

Dia 31 de março marca o início de um triste capítulo na história do Brasil. Em 1964, grupos de militares tomaram o poder, expulsando o presidente João Goulart. Desde então, episódios de censura, tortura, perseguição e manipulação da informação rolaram soltos. O regime ditatorial durou até 1985, marcando gerações e deixando milhares de vítimas.

E, por incrível que pareça, esse período tão terrível ainda é visto com bons olhos por muitas pessoas - e nem precisa ir longe. Nesta quinta-feira (31), o Ministério da Defesa fez uma postagem se referindo ao golpe como "movimento" - que é uma estratégia apontada pelos historiadores para retirar o peso do que foi: uma ditadura.

Para piorar, o ato ainda foi descrito como um "marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época". Assustador, né? Mas a gente sabe que ditadura não pode ser relativizada e, por isso, separamos 5 motivos pelos quais devemos lutar pela democracia e não permitir que a ditadura volte nunca mais!

1. Tortura é inadimissível - sempre

Quem discordasse do que era imposto pelos militares era repreendido da pior forma possível. Já foi provado que, durante o regime militar, houve tortura com choques elétricos, pau-de-arara, mutilação de membros, estupros e inserção de ratos nas partes íntimas. Depoimentos de sobreviventes mostram que o Coronel Ustra - citado por Bolsonaro em discurso de 2016 - costumava levar os filhos para assistirem seus pais serem torturados.

2. Liberdade deve ser garantida

Se a sua atitude ou pensamento não fere alguém (ou os direitos daquela pessoa), ela não deveria ser proibida. Porém, é isso mesmo que a ditadura faz. Jornais eram censurados, músicas e peças eram proibidas de circular e todo material deveria passar por uma revisão de órgãos responsáveis. Assim, nada que contrariasse o governo poderia ser divulgado. Não à toa, há tantos registros da época elogiando o sistema. Quem desrespeitasse os limites era punido, como já vimos. Muitos jornalistas - por exemplo, o caso de Vladimir Herzog - foram perseguidos e assassinados por isso.

3. Opinião não pode ser criminalizada

Ao longo da ditadura, muitos partidos foram criminalizados - estabelecendo um sistema bipartidário por grande parte do regime. As reuniões eram feitas de forma clandestina e grupos considerados "ameaçadores" eram vigiados de perto. Em 1968, com o AI-5, a situação ficou ainda pior. Direitos políticos foram cassados, mandatos foram encerrados e o direito ao habeas-corupus foi suspenso.

É preciso lembrar que isso não tem nada a ver com a criminalização de atitudes racistas ou até mesmo nazistas, visto que, a democracia prevê a liberdade, contanto que isso não fira o próximo.

4. Poder não pode vir com força

Uma relação - independente do tipo - não pode ser baseada na força, principalmente porque, na maioria das vezes, temos um lado mais fraco, tornando injusta a dinâmica. Isso é potencializado quando falamos de governantes, porque existem diversos grupos - de diferentes idades, raças, religiões, sexualidades - que precisam ser respeitados no dia a dia.

5. Eleições são essenciais!

Isso tudo pode ser resumido na importância do diálogo e das eleições. Essa é a forma que conseguimos exigir nossos direitos e, mesmo que indiretamente, fazer nossa parte para um país melhor. Cercear o direito do voto é impedir que o cidadão realize sua função mais básica: escolher os representantes.

A democracia não é algo garantido e, apesar de termos superado a ditadura, temos que ficar vigilantes a todo o momento. Por sorte, em outubro teremos eleições importantes e é essencial garantir que políticos que também defendam a democracia sejam eleitos.

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