A Copa do Mundo 2022 começou no Qatar no último domingo (20), com direito a apresentação musical de Jungkook, do BTS. Mas o clima de festa não durou muito - com razão! Os jogos desta segunda-feira (21) foram marcados por protestos dos jogadores, que se mobilizam contra às políticas discriminatórias do Qatar e dos seus próprios países.
A FIFA até tentou impedir as "polêmicas", proibindo que os participante usassem braçadeiras à favor da comunidade LGBTQIAP+ - já que homossexualidade é proibida no país. Porém, muitos burlaram a instrução, correndo risco de serem multados e punidos com cartão amarelo. Outros temas, como machismo e racismo também foram abordados. Confira tudo o que rolou!
Inglaterra protesta contra discriminação na Copa
A escolha do Qatar para sediar a Copa do Mundo causou debate, principalmente porque o país compactua com políticas e legislações extremamente discriminatórias. Por isso, muitas seleções se comprometeram a jogar com braçadeiras em homenagem à comunidade LGBTQIAP+, que é perseguida no país sede.
A FIFA, porém, proibiu a iniciativa, ameaçando punir jogadores com cartões amarelos na partida e até mesmo multas. Segundo o Globo, a proibição impediu com que 7 times protestassem, mas alguns corajosos ainda fizeram questão de mostrar sua opinião.
O capitão da Inglaterra, Harry Kane, usou braçadeira escrita "No Discrimination" (ou seja, "Sem Discriminação") durante sua estreia na Copa do Mundo de 2022.
Jogadores se ajoelham contra racismo antes do jogo
Outra manifestação, que partiu da Inglaterra, foi o ato de se ajoelhar, antes do jogo, em protesto contra casos de racismo. Isso aconteceu na partida contra o Irã, marcando a estreia dos ingleses no Mundial, mas já é uma prática adotada pela seleção há bastante tempo.
O técnico do time, Gareth Southgate, já havia explicado em coletiva que a ação, que acontece desde 2020, fala sobre o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos. Na época, o homem, que era preto, estava desarmado e, mesmo assim, foi sufocado em uma abordagem policial. A Inglaterra planeja se ajoelhar, em protesto, em todos os jogos que participar na Copa do Mundo 2022.
Iranianos não cantam hino em defesa aos direitos das mulheres
Como já sabemos, vários protestos feministas no Irã marcam o país há alguns meses. E foi exatamente essa seleção que protestou, em jogo contra Inglaterra. Os jogadores iranianos não cantaram o hino nacional antes da partida, e na arquibancada muitos torcedores levaram cartazes em apoio à causa das mulheres.
Desde setembro, iranianos têm sido perseguidas por uso inadequado do hijab - inclusive com assassinatos de algumas jovens. Desde então, manifestantes tomam as ruas, exigindo igualdade de tratamento entre homens e mulheres.