Larissa Barros Redatora
A louca do K-Pop e música em geral, adoro saber tudo de novo que surge no mundo, de teorias da conspiração até o último modelo de celular. Aquariana raiz, adoro tudo que é diferentão e não faço nada sem uma trilha sonora para acompanhar.
No último sábado, uma ofensiva surpresa orquestrada pelo grupo Hamas abalou Israel, atingindo uma festa de música eletrônica e provocando uma resposta aérea israelense. Este ataque, resultando na perda de milhares de vidas, marca mais um capítulo tenso nas já frágeis relações entre Israel e Palestina.

No último sábado (7), o mundo viu o desenrolar de um ataque a uma festa de música eletrônica nas proximidades da Faixa de Gaza, em Israel. Logo em seguida foi confirmado que o grupo extremista Hamas foi o responsável pelos ataques, deixando milhares de feridos e mortos.

A súbita investida do Hamas surpreendeu tanto autoridades quanto civis logo ao amanhecer do sábado. O grupo terrorista lançou uma quantidade estimada entre 2,5 mil e 5 mil foguetes a partir da Faixa de Gaza, seguido por ofensivas massivas por ar, terra e mar, nomeada como Operação Dilúvio de al-Aqsa.

O Hamas escolheu o dia do Shabat Shalom para o ataque. Shabat é o sétimo dia (equivalente ao sábado, já que domingo é o primeiro dia da semana), e "a primeira das criações que Deus abençoa". Israel respondeu com ataques aéreos. Estes confrontos resultaram em, pelo menos, 1.200 mortos e 4 mil feridos, majoritariamente israelenses, atingidos no início da ofensiva.

Hamas mantém reféns israelenses durante conflito

Segundo Israel, mais de 100 israelenses estão sendo mantidos reféns pelo Hamas. Um representante do Hamas declarou que a captura visa a troca por palestinos encarcerados em Israel. Analistas salientam que Israel foi pego desprevenido com a magnitude dos ataques. Diferente de outras situações, quando se tinha noção da possibilidade de ofensivas, a invasão do território israelense expôs lacunas em sua inteligência, considerada globalmente como altamente desenvolvida.

A Faixa de Gaza, enclave entre Egito, Israel e o Mar Mediterrâneo, enfrenta bloqueios rígidos desde 2007, ano em que o Hamas assumiu controle. O único ponto de acesso ao exterior fora do domínio israelense é Rafah, gerenciado pelo Egito.

As fronteiras de Gaza são monitoradas por inúmeras câmeras, sensores e patrulhas. Uma cerca fortificada foi posicionada para prevenir infiltrações, como a que ocorreu no sábado. Contudo, essa defesa não foi eficaz para deter o avanço. A gravidade da situação, expressa na declaração de guerra pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ressalta a intricada natureza deste conflito duradouro, pontuado por episódios de paz e agressões.

O que é o Hamas?

Hamas é uma palavra árabe que significa "zelo" ou "entusiasmo". É a abreviação de "Harakat al-Muqawama al-Islamiyya", que se traduz como "Movimento de Resistência Islâmica". O Hamas é uma organização palestina que opera principalmente nos territórios da Faixa de Gaza e Cisjordânia.

A organização foi fundada em 1987, durante a Primeira Intifada (um levante palestino contra o domínio israelense). Originalmente, sua criação foi uma extensão da Irmandade Muçulmana, um movimento religioso e político islâmico que começou no Egito.

O grupo é classificado como uma organização terrorista por várias nações e entidades, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e Israel, devido a seus ataques contra civis e seu compromisso declarado em seu estatuto original com a destruição de Israel. No entanto, para muitos palestinos, o Hamas é visto como um grupo de resistência legítima contra a ocupação israelense.

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