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A influenciadora Juliana Nehme chamou atenção nas redes sociais, no último mês, após expor caso de gordofobia da Qatar Airways. A jovem, que viajou para o Líbano, foi impedida de embarcar de volta para o Brasil por ser "muito gorda" para o assento, sendo obrigada a desembolsar passagens mais caras do que já havia comprado. No último domingo (4), Juliana deu entrevista ao Fantástico e explicou tudo o que aconteceu. Confira!

Um caso grave de gordofobia foi pauta nas redes sociais em novembro. Tudo aconteceu com Juliana Nehme, influencer brasileira que viajou para o Líbano - para conhecer o país de sua mãe - e foi impedida de voltar para casa, pela companhia Qatar Airways, por ser "gorda demais".

Sem saber o que fazer, Juliana expôs sua situação no Instagram, conseguindo apoio e chamando atenção até mesmo da embaixada no Líbano. No último domingo (4), a jovem deu entrevista ao "Fantástico" e revelou, pela primeira vez, mais detalhes dos momentos traumáticos. Saiba mais!

Juliana foi impedida de embarcar por "ser gorda demais"

Na conversa, Juliana explica que voou para o Líbano em outubro - sem demais problemas - e realizou o sonho de conhecer o país, tão importante para sua família. Porém, na volta, a viagem se transformou em pesadelo quando ela foi impedida em embarcar, no voo comprado para 22 de novembro, por ser "gorda demais".

"Quando eu olhei para trás, uma funcionária da Qatar estava conversando com minha mãe. Minha mãe estava quase chorando. Naquele momento eu falei: 'mãe, o que que está acontecendo?'. Aí ela pegou e falou assim: Ju, essa mulher está dizendo que você não vai viajar. Ela disse que você é muito gorda e que você não vai subir no avião dela'", relembra a influencer.

Para Juliana embarcar, ela deveria comprar uma passagem na classe executiva - o que daria cerca de R$ 18 mil - "que, para mim, pelo menos para mim, era impossível", afirma. Além da humilhação ao ser impedida de embarcar, a influencer também lembra de violências e "piadas" que foi vítima, no aeroporto.

"Eu era um monstro gordo", relembra Juliana

A pressão estética é um desafio para muitas pessoas, principalmente mulheres. Porém, quando falamos de gordofobia, estamos nos referindo a redução de direito e privações constantes que gordos passam, como foi o caso de Juliana. A diferença de tratamento era notável e, segundo ela, os funcionários nem se deram ao trabalho de disfarçar.

"Para eles, era como se eu não fosse um ser humano. Eu era um monstro gordo que não podia embarcar. Foi horrível. Eu nunca imaginei passar por algo assim, nunca. Me dói agora lembrar o quanto eu me culpei, porque eu me culpei muito", conta a jovem. Sua mãe decidiu permanecer com a filha no Líbano, enquanto o resto da família voltava para o Brasil e, por isso, Juliana se sentiu muito mal.

Influencer relembra violência no aeroporto

A fim de provar o que estava acontecendo, a influencer começou a gravar a situação, incluindo as falas dos funcionários. Como resposta, Juliana afirma ter sido agredida. "Eu fiz questão de mostrar a mulher no vídeo no comecinho, e aí foi nesse momento que ela viu que eu estava a gravando e socou as minhas costas. Eu, em meio ao desespero, quase desmaiei", lembra.

Além disso, ela aponta que seguranças retiraram o celular de sua mão, apagando vários vídeos feitos anteriormente. Juliana ainda comenta que muitos deles riam dela, em mais um evidente ato de discriminação.

A influencer teve que passar por grandes traumas até, enfim, conseguir voltar ao Brasil. A jovem conta que o embaixador no Líbano conversou com o presidente do Qatar e conseguiu autorização para que ela embarcasse - sem custos adicionais, provando que sua entrada no voo sempre foi possível.

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