Por Carolinne Rigotti
Possíveis assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes são presos quase um ano após atentado
Possíveis assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes são presos quase um ano após atentado
Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram para a cadeia após quase um ano desses assassinatos tão frios e tristes. Agora, uma questão permanece: quem foi que mandou matar a vereadora? Até o momento, o nome do possível mandante ainda não foi divulgado (nem se sabe se foi descoberto) e a família da política pede por justiça.

No dia 15 de março, a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa um ano. Mas, até agora, pouquíssimas providências sobre o caso foram tomadas e nem o mandante do crime foi descoberto (ou, pelo menos, ainda não foi divulgado). Três dias antes da data, dois suspeitos de terem participado do assassinato brutal foram presos, mas os pedidos de justiça continuam sendo ecoados.

O policial Ronnie Lessa (que seria o autor dos 13 disparos), de 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz (apontado como o motorista do carro que perseguia a vereadora), de 46 anos, foram presos na manhã desta terça-feira (12). A denúncia aponta a gravidade do crime: "É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia". Vale lembrar que Marielle sempre lutou contra a milícia e contra policiais corruptos. Isso já quer dizer muita coisa sobre o crime, não?!

Em entrevista ao G1, o deputador federal Marcelo Freixo ressaltou que o caso ainda está longe de ser resolvido: "São prisões importantes, são tardias. É inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle direito", disse.

Meses de pesquisa

Se engana quem pensa que o crime aconteceu do dia para a noite. Segundo informações da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Ronnie planejou o assassinato durante três meses, com direito a pesquisar sobre o assunto e até o uso de uma "segunda pele" no dia do atentado, para dificultar o reconhecimento. Todas as intenções estão bem evidenciadas, agora, mais do que nunca, sabe-se que a questão que moveu a barbárie foi unicamente política. Agora, quando teremos uma resposta? Quem mandou matar Marielle?

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