No último domingo (20), o "Fantástico" exibiu uma matéria mostrando como pessoas com transtorno dissociativo de identidade vivem no dia a dia. Trata-se de uma condição psiquiátrica severa e extremamente rara em que uma mesma pessoa apresenta diferentes identidades, que podem ter trejeitos, vozes, comportamentos e personalidades variadas. Uma das entrevistadas foi Giovanna Blasi, influencer que convive com 18 identidades e se identifica como Sistema Resiliência.
Seu forte relato para o "Fantástico" viralizou e todo mundo ficou impressionado. Porém, muita gente também começou a se questionar se Giovanna estaria mentindo sobre a sua condição. Veja a seguir 4 detalhes que chamaram a atenção na entrevista da influencer com TDI.
1) Troca rápida de identidade
De acordo com especialistas, na maioria dos casos a troca de identidade de uma pessoa com TDI não acontece de forma tão abrupta. Na reportagem do "Fantástico", Giovanna trocou de identidade três vezes após o fim da entrevista, todas de forma bem rápida. Ela poderia se encaixar no grupo das minorias que fazem isso, mas esse detalhe chamou atenção.
2) Lembrança do que a outra personalidade fez
Na maioria dos casos, uma identidade não tem memória do que a outra fez. O que uma identidade fala, a outra não tem conhecimento. No caso de Giovanna, isso não acontece. Após a entrevista, a identidade Ariel menciona Laura, que aparece falando justamente sobre o que Ariel disse sobre ela. Mais uma vez, porém, ela pode se encaixar na minoria que consegue ter essa lembrança total.
3) Controle da identidade
Na maioria das vezes, o paciente com TDI não consegue ter o controle das identidades. Ou seja, não se sabe e nem se controla quando elas virão. Na entrevista ao "Fantástico", Giovanna não troca de identidade em nenhum momento, como se estivesse conseguindo se controlar. Porém, logo depois, ela troca. Assim, muitas pessoas apontaram que ela talvez ela estivesse controlando para conseguir falar normalmente e só trocar quando já tinha acabado a entrevista.
4) Identidades caricatas
O que outras pessoas apontaram é que a conversa entre as identidades pareceu bem caricata. Assim que a entrevista acaba, Dandara aparece como uma protetora. Depois, vem Ariel, que comenta sobre Laura. Rapidamente, Laura surge como se tivesse ouvido Ariel falar dela e até comenta isso. Muita gente achou que tudo foi bem caricato, já que a troca aconteceu de forma muito brusca. Porém, mais uma vez, vale ressaltar que cada caso é um caso.
Além disso, quando alguém diz que tem uma doença mental, apenas um profissional que investigue o caso pode opinar. Leigos não tem como saber nada com precisão, então isso tudo não passa de suposições.
