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O preço do pneu pode aumentar demais e isso é pode se tornar grande problema para o país
O preço do pneu pode aumentar demais e isso é pode se tornar grande problema para o país
Além do aumento de 16% no imposto de importação de pneus de carga, o novo foco são os conjuntos de pneu e roda.

Os custos dos pneus radiais novos para ônibus e caminhões nos tamanhos de aro 20", 22" e 22,5" sofrerão mudanças? A SECEX realizou, no dia 4 de dezembro, uma análise sobre a aplicação dos direitos antidumping, que podem afetar os preços.

Essa novidade representa um contratempo significativo para o setor de transporte do país, pois deve impactar diretamente o custo dos pneus para fabricantes de implementos rodoviários, profissionais autônomos e frotas. Se o aumento for confirmado, os pneus, que já são o segundo maior custo no transporte após o óleo diesel, ficarão ainda mais caros.

Como se encontra o cenário atual?

O cenário contraria os investimentos e a renovação industrial, impulsionando o intenso lobby da indústria de pneus, dominada por multinacionais que priorizam a maximização de lucros. Elas buscam monopolizar o mercado de pneus no Brasil, um dos mais caros do mundo, afetando severamente os custos logísticos do país. Uma alternativa para as fábricas de implementos rodoviários manterem a competitividade é buscar a importação do conjunto de pneu e roda. No entanto, a possibilidade de incluir uma penalização nesse serviço pode trazer novos desdobramentos para o setor.

"Isso é apenas o começo. Já conseguiram aumentar em 16% o imposto de importação e agora querem atacar o conjunto de pneus montados na roda. Precisamos mostrar resistência. Eles querem fechar o mercado e vender os pneus a preços cada vez mais altos. O governo está sendo enganado. A indústria de pneus não é relevante para o país. Com 1,5 milhão de caminhões, o impacto do preço dos pneus no custo logístico é muito mais significativo do que essas multinacionais que empregam pouco e lucram muito", disse Samer Nasser, CMO da SUNSET TIRES. Vale ressaltar que as fábricas de pneus no Brasil estão entre as mais lucrativas do mundo, mantendo suas informações e balanços confidenciais.

O que diz a ANFIR?

O Brasil deve evitar ser uma colônia dessas multinacionais exploradoras, focadas na transferência de lucros para suas matrizes no exterior. A ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, responsável pela totalidade da fabricação brasileira de reboques, semirreboques e equipamentos veiculares sobre chassis utilizados em caminhões pesados, semipesados e leves, também se habilitou ao processo e se posiciona contra essa medida. A associação reforça a preocupação com o impacto negativo que tais regulações podem ter sobre o setor.

Diante dessas ações, que precisam ser contidas, este é um momento crucial para uma reação coletiva, buscando equilíbrio e concorrência justa no setor. Não podemos permitir que o Brasil se torne refém desta indústria. Caso contrário, podemos esperar uma série de novas medidas contra o setor de pneus e contra o transporte brasileiro.

Uma forte preocupação

Em nota oficial, a Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) expressou sua preocupação com as recentes ações que impactam diretamente o setor de transporte, especificamente em relação ao antidumping dos pneus importados: "As recentes ações relacionadas ao antidumping para os pneus importados têm o potencial de causar um impacto direto no setor e, por conseguinte, refletir significativamente nos custos logísticos, considerando que o pneu é um dos principais componentes de custo das empresas de transporte de cargas. O frete, componente essencial na movimentação de mercadorias, é sensível a mudanças nos custos operacionais, e qualquer alteração nas condições relativas aos pneus tem um efeito imediato na viabilidade econômica do transporte de cargas. Como resultado, é inevitável que essas mudanças reverberem no preço final dos produtos nas prateleiras, afetando diretamente o consumidor."

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