Jornalista e entusiasta do pop, posso escrever o dia todo sobre Taylor Swift ou BLACKPINK, enquanto maratono minhas séries preferidas.
9 Fotos
Veja as fotos!
Anitta revelou, nesta sexta-feira (8), que fará uma cirurgia para tratar a sua endometriose e fez um apelo aes fãs: "Procurem mais de um médico, mais de uma opinião". A condição, que afeta o útero, é bem comum, mas às vezes pode ser difícil de diagnosticar. Como resultado, a pessoa pode ter incômodos fortes e, no futuro, sofrer com graves consequências. Para te ajudar a ficar atente e saber mais sobre a endometriose, o Purebreak conversou com o ginecologista Dr. Marcos Tcherniakovsky. Confira!

Anitta foi ao Twitter nesta sexta-feira (8) conversar com es fãs sobre um assunto muito importante: endometriose. A cantora afirmou que foi diagnosticada com a doença que, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta cerca de 190 milhões de pessoas pelo mundo. Ou seja, é bem comum!

Mas o fato de ser recorrente não significa que é um tema muito falado. Muita gente pode ter dificuldade de entender os sintomas da endometriose ou até mesmo confundir com outras condições ginecológicas, como foi o caso de Anitta, que acreditou ter cistite de repetição por muitos anos.

O Purebreak conversou com o ginecologista Dr. Marcos Tcherniakovsky, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), e tirou algumas dúvidas importantes sobre a doença. Confira!

O que é a endometriose?

Para entender a endometriose, é preciso falar sobre o tecido endometrial, que é a camada interna do útero que prepara o órgão para a gravidez. Quando isso não acontece, ele descama, o que conhecemos como menstruação. A endometriose ocorre quando há a saída desse tecido para fora do útero.

"Pode ser implantado em regiões como embaixo do útero, nos ovários, no intestino, bexiga. Mas é claro que o tecido foi feito para ficar dentro do útero. Se ele vai para fora, causa uma reação inflamatória. Essa reação pode ser muito pequena, como também pode tomar proporções muito grandes", afirmou o ginecologista.

Qualquer pessoa que menstrua pode ser afetada pela doença, que atinge os pacientes durante a fase reprodutiva - da 1ª menstruação até a menopausa. Porém, o diagnóstico costuma vir já na fase adulta. "A média mundial é entre 7 e 8 anos entre ter os primeiros sintomas e chegar realmente no diagnóstico", aponta Dr. Tcherniakovsky.

Endometriose: ilustração explica a doença
Endometriose: ilustração explica a doença

Endometriose e os sintomas da doença

Como falamos, os sintomas da endometriose podem ser confundidos com outros problemas, por isso, é importante ficar atente aos sinais e a frequência com que aparecem. De acordo com o ginecologista, os principais sintomas são:

  • Cólicas menstruais muito intensas;
  • Mudança no padrão de cólicas;
  • Dor e ardência na hora do sexo;
  • Dificuldade de engravidar;
  • Inchaço abdominal frequente;
  • Dor para urinar e evacuar;
  • Fezes com sangue.

O diagnóstico da endometriose não é fácil

Além de sintomas diversos, que dificultam o entendimento por parte dos profissionais, há questões sociais que podem impactar, ainda mais, a saúde ginecológica dessas pessoas. "Nós estamos falando de uma doença extremamente estigmatizada, uma pessoa que sente dor, ela não gosta de falar sobre isso, ela não gosta de dividir essa situação com outros", explica o médico.

Dr. Marcos Tcherniakovsky ainda completa dizendo que não há um exame específico - como o de sangue, por exemplo - que aponte a presença da doença. "Fora que há pacientes que passam por vários médicos e eles nem sequer pensam no diagnóstico da endometriose. Essa paciente acaba escutando que é normal ter dor e aceita essa situação. Por isso, o grau de inflamação vai piorando", afirma.

"O fato é que ninguém tem que sofrer de dor, não é admissível, em pleno século XXI, a mulher ter dores ser visto como uma coisa normal", conclui Tcherniakovsky.

O tratamento para endometriose

O diagnóstico pode ser demorado, mas acontece. E aí, o que fazer depois disso? Assim como diversas doenças, o seu tratamento vai variar de acordo com o grau de gravidade, estilo de vida do paciente e muitos outros fatores. O ginecologista explica que a solução pode variar de medicações para brecar o ciclo menstrual, como anticoncepcional, até mesmo intervenção cirúrgica.

Porém, Dr. Marcos também lista estímulo da atividade física e acompanhamento com nutricionistas, para se ter uma alimentação menos inflamatória, como recomendações para os pacientes.

A cirurgia pode acontecer em casos em que a pessoa sente muita dor e tratamentos iniciais não apresentam efeitos ou, ainda, quando há uma evolução rápida da doença. A infertilidade, para pessoas que desejam gerar seus filhos, e a invasão do tecido endometrial em outros órgãos importantes, também podem tornar a cirurgia necessária.

Entretanto, uma coisa que o médico destaca é a importância de se consultar com ume ginecologiste de confiança, que possa entender os seus sintomas e recomendar o melhor caminho a seguir! Vale lembrar: a sua qualidade de vida e saúde estão em jogo.

sobre
o mesmo tema