Por Clarissa Alves
Um Zoom de 10 mil galáxias capturado pelo telescópio Hubble
Demorou mais de 10 anos para o telescópio conseguir capturar a imagem dessas 10.000 galáxias reunidas.

A NASA revelou, nesta terça-feira (3), um incrível panorama multicolorido do cosmos. O que vemos, lembra uma coleção de pedras preciosas e joias brilhantes espalhadas sobre um pano escuro.

A fotografia existe graças ao telescópio espacial Hubble, que é capaz de capturar a imagem formada a partir de luz ultravioleta, que normalmente, não é visível ao olho humano. Os pontos azuis brilhantes da foto representam galáxias que têm cerca de 5 a 10 bilhões de anos. Em termos cósmicos, isso não é algo "velho demais".

Uma foto do telescópio Hubble em 1997
Uma foto do telescópio Hubble em 1997

Há cerca de 10.000 galáxias multi-coloridas capturadas na fotografia

Essas galáxias podem ser resíduos de algumas centenas de milhões de anos antes do Big Bang. Isso acontece porque sempre que você olha para o céu, na verdade, está vendo o passado. Todas as estrelas e astros estão a uma distância tão grande de nós que sua luz não chega em tempo real aos nossos olhos. Você já deve ter ouvido nas aulas de ciência, por exemplo, que a Luz do Sol demora 8 minutos para chegar até a Terra. Ou seja, raios solares captados aqui foram emitidos a 8 minutos atrás lá no Sol.

Um Astronauta visitando o "Hotel Hubble", em 1997
Um Astronauta visitando o "Hotel Hubble", em 1997
O Hubble tem 14 anos e vai ganhar um irmão em 2018

O telescópio espacial Hubble foi colocado em órbita por um ônibus espacial em 1990. Ele é o único projetado para receber ou abrigar astronautas que viajam ao espaço. Se bater aquela vontade de fazer xixi, é só fazer um visitinha ao Hubble (hehe). Seu sucessor científico é o telescópio espacial James Webb, que ainda não foi lançado ao espaço pela NASA. Ele deve entrar em atividade só em 2018.

"Pesquisas Ultravioleta como esta, usando a capacidade única de Hubble, são extremamente importantes no planejamento do telescópio espacial James Webb, da NASA", disse o membro da equipe Rogier Windhorst, da Universidade Estadual do Arizona no site da NASA. "O Hubble fornece um conjunto de dados inestimável em luz ultravioleta que os pesquisadores vão precisar combinar com os futuros dados infravermelhos do Webb", explicou o pesquisador.

Tomara que a tecnologia continue evoluindo sempre assim e essa seja apenas a primeira de muitas imagens incríveis que a gente vai ter sobre o espaço. E que a NASA continue revelando descobertas interessantes.

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