Marca Página: "Boa Noite", da Pam Gonçalves, é a prova de que um livro é muito mais do que a capa
Publicado em 19 de setembro de 2019 às 10:03
Por Purebreak |
Quem vê a capa do livro "Boa Noite", da Pam Gonçalves, nem imagina o tanto de assunto sério que é discutido ao longo das páginas. Nesta edição do Marca Página, o Purebreak vai mostrar como a autora conseguiu falar de temas tabus, como machismo, assédio e até mesmo cultura do estupro, sem que isso interferisse na pegada adolescente do gênero.
"Boa Noite", da Pam Gonçalves, é muito mais do que um romance adolescente. Veja a resenha do Purebreak "Boa Noite", da Pam Gonçalves, é muito mais do que um romance adolescente. Veja a resenha do Purebreak© Divulgação
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Um livro como o "Boa Noite" é capaz de provar que mesmo histórias de adolescentes para a adolescentes, podem trazer mais do que amores e términos. E isso ficou claro após a leitura da obra de Pam Gonçalves. Em seu primeiro romance, lançado em 2016, a booktuber conta os dilemas de Alina, uma jovem de 18 anos. O que parece ser mais uma história sobre alguém que está prestes a iniciar a faculdade e a viver longe de casa, acaba surpreendendo ao abordar temas tabus, de forma leve e com o devido cuidado.

É muito mais do que uma capa

Logo na capa, é possível ver o retrato de uma casa; por sinal, a República das Loucuras, onde Alina vai morar em Pedra Azul para poder cursar Engenharia do Computação.

Sabe quando pedem para "não julgar o livro pela capa"?! Pois este ditado nunca foi tão verdadeiro! Quem vê o "Boa Noite" na estante sequer imagina a quantidade de coisas importantes presentes nas páginas e que precisam, sim, ser passadas para gente mais nova.

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A história

Como dito na sinopse do livro, Alina sempre foi "boa aluna, boa filha, boa menina". Agora, na faculdade, a caloura de Engenharia quer de todas as formas se desfazer desses rótulos e, enfim, ser alguém "legal". Incentivada por seus colegas da casa nova, Alina passa a frequentar festas, dançar sem ter vergonha, corresponder aos flertes e até consumir bebidas alcoólicas. E ok, né?! Mulheres também têm o direito de se divertir.

No entanto, bem sabemos que, diferente do que acontece com o sexo masculino, as meninas precisam estar atentas o tempo todo - mesmo nos momentos de lazer.

É frequentando estes espaços que a protagonista percebe o quanto garotas como ela estão vulneráveis. Quando uma droga passa a ser usada nestas festas para deixá-las inconscientes, Alina se une às amigas a fim de encontrar uma saída prática que possa reverter a situação.

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Machismo, assédio e cultura do estupro

Aos poucos, a autora mostra como episódios de assédio, sexuais e morais, são recorrentes na vida das adolescentes. E como o sexo feminino é colocado à prova o tempo todo. Começando pela turma de Alina, composta por uma maioria masculina que não se conforma em dividir o espaço com meninas tão inteligentes e capazes quanto eles.

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Diálogos que demonstram isso estão presentes durante todo o livro, chamando a atenção para o que acontece direto na realidade. Fora o fato de como todas essas questões que afligem milhares de meninas por aí são naturalmente banalizadas para que continuem sendo oprimidas - algo que a cultura do estupro faz e que Pam não deixa de incluir em seus parágrafos.

Calma: tem romance também!

Apesar de tudo, a leitura consegue ser bem leve, com romances inesperados e personagens divertidos para aquecer qualquer coração diante de todos os problemas. O Purebreak indica!

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