Larissa Barros Redatora
A louca do K-Pop e música em geral, adoro saber tudo de novo que surge no mundo, de teorias da conspiração até o último modelo de celular. Aquariana raiz, adoro tudo que é diferentão e não faço nada sem uma trilha sonora para acompanhar.
Quando muita flexibilidade no trabalho é um problema: ninguém quer continuar trabalhando às dez da noite
Quando muita flexibilidade no trabalho é um problema: ninguém quer continuar trabalhando às dez da noite
A flexibilidade no trabalho tornou-se uma das solicitações mais frequentes dos empregados nos últimos tempos. Os profissionais querem trabalhar onde e quando desejarem, argumentando que, enquanto cumprem suas tarefas e fazem isso no tempo certo, o horário e o local não deveriam importar.

No entanto, uma pesquisa da Universidade de Harvard contradiz essas afirmações, pois, segundo seus resultados, um dia de trabalho convencional de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, faz com que a maioria dos trabalhadores se sinta mais confortável e motivada.

O estudo. Os pesquisadores realizaram um estudo com quase 2.000 profissionais e estudantes dos EUA e vários países da Europa e concluíram que trabalhar em horários não convencionais, como ao redor da hora do jantar ou em feriados, diminui a motivação das pessoas ao executar suas tarefas e as faz sentir desconforto.

Por quê? Os autores da pesquisa atribuem esses resultados à força psicológica das normas sociais. "Apesar da crescente aceitação dos horários de trabalho não tradicionais, a sociedade ainda tem normas claras que definem os momentos em que é apropriado trabalhar. O horário das 9h às 17h ainda está firmemente enraizado em nossa cultura", observam.

Há vantagens

Assim, o estudo indica que, embora às vezes a opção de ajustar o horário de trabalho de forma flexível possa ser psicologicamente vantajosa e permita conciliar melhor com alguns aspectos da vida pessoal dos trabalhadores, como cuidar de crianças pequenas, se o desajuste horário em relação ao resto da sociedade se torna habitual, acaba desmotivando o profissional e afetando seu desempenho.

Mudança de mentalidade

No entanto, o estudo encontrou algumas exceções: aquelas pessoas que estavam verdadeiramente convencidas das vantagens de trabalhar em horários não convencionais permaneceram motivadas. Isso se deve, dizem os pesquisadores, ao fato de que, em geral, os empregados que trabalham em jornadas não tradicionais tendem a pensar no que poderiam ter feito se não estivessem em suas funções profissionais, como ir a eventos sociais. Mas se a pessoa sabe que vai aproveitar melhor seu tempo livre quando o resto da sociedade está trabalhando, ela não é tão propensa a desmotivar-se.

Uma tendência em crescimento

Seja por convicção ou por necessidade, o fato é que cada vez mais pessoas estão trabalhando em horários não convencionais, de acordo com um estudo recente da Microsoft. Eles descobriram que os usuários de seu software profissional enviaram 42% mais mensagens através do Teams fora de seu horário de trabalho no último ano e meio, e cerca de 30% de seus próprios empregados têm picos de trabalho por volta das 10 da noite.

Os pesquisadores da Microsoft não conseguiram interpretar esses dados com precisão e têm duas teorias opostas para explicá-los: por um lado, porque os empregados ajustam seus horários como melhor lhes convém e trabalham depois do jantar porque querem; por outro, a carga de trabalho excessiva, o aumento das reuniões e a incapacidade dos profissionais de separar vida pessoal e profissional os força a se conectar em horas incomuns.

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