Essa matéria contém spoiler de "Casamento às Cegas 2"*
A segunda temporada de "Casamento às Cegas Brasil" estreou na Netflix com um debate muito importante: um corpo gordo pode ser amado? Em episódios disponibilizados nesta última quarta-feira (28), os telespectadores conheceram Amanda Souza e se identificaram com a defensora do movimento "Corpo Livre", tatuagem que ela carrega no peito e aparece no programa.
Paulo declina no casamento com Amanda: "Novo assusta"
O objetivo do programa é colocar a aparência em segundo plano e fazer com que as pessoas deixem suas inseguranças de lado. No entanto, Amanda voltou a sentir isso na pele quando Paulo declinou no pedido de casamento ao vê-la pessoalmente pela primeira vez.
"Ela não é nada parecida com o que já lidei na minha vida. Ela é forte. É maravilhosa. Não sei se eu consigo aguentar. O novo assusta, sabe? É complicado você estar apaixonado por uma pessoa e não saber se você consegue aguentar o rojão. Uma mulher tão forte assim do seu lado. Talvez eu não seja o homem forte que ela queira estar do lado ou que ela mereça estar do lado. Eu não vou casar", disparou Paulo.
Web se revolta com gordofobia e Amanda quebra o silêncio
A atitude de Paulo revoltou os internautas e o participante foi acusado de gordofobia. Veja alguns comentários!
No Instagram, Amanda Souza também desabafou pelo preconceito sofrido.
"Um corpo fora do padrão, um corpo gordo pode ser amado? Chamamos de homens com culhões os que enxergam além da derme? Coragem é a palavra certa pra quem exibe um corpo real? E pra quem é capaz de amar um corpo real, chamamos de corajoso? O empoderamento é um troféu feminino e um algoz masculino? Usamos a imagem pra comunicar ou aprisionar? A aparência realmente é a base estrutural do amor moderno? Desconstrução ou maquiagem pra raiz superficial?", indagou ela após recusa.
"São tantas perguntas que a única solução que encontrei foi viver, mergulhar, sentir e como sempre intensamente experimentar espaços novos que minha aparência fora do 'COMUM' pode ocupar e quer saber por quê? Pra que outras mulheres como eu, entendam que SE AMAR é um exercício diário, um direito que deve ser exercido ainda que o mundo todos os dias queira nos embalar em plástico filme, nos apertar em caixas, nos viciar em capsulas", disparou.