Larissa Barros Redatora
A louca do K-Pop e música em geral, adoro saber tudo de novo que surge no mundo, de teorias da conspiração até o último modelo de celular. Aquariana raiz, adoro tudo que é diferentão e não faço nada sem uma trilha sonora para acompanhar.
A cada ano, milhões de discos rígidos funcionais são descartados, um fenômeno alimentado tanto por grandes empresas quanto por órgãos governamentais. Essa prática, predominantemente adotada para prevenir vazamentos de dados confidenciais, é agora questionada por especialistas que apontam alternativas seguras e mais sustentáveis para a reutilização desses dispositivos, fomentando uma economia circular. Descubra os detalhes e as soluções propostas pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) para esse crescente problema ambiental e de segurança.

A ideia de "jogar fora" componentes de computador totalmente funcionais e com cerca de meia década de uso pode parecer sem sentido, especialmente considerando os mercados de segunda mão e os esforços para reduzir o lixo eletrônico. No entanto, para muitas empresas, isso faz sentido, especialmente quando se trata de discos rígidos.

Todos os anos, milhões de dispositivos de armazenamento são destinados a um único fim: a destruição. E isso não leva em conta se eles ainda estão funcionando ou se poderiam render uma quantia significativa de dinheiro se vendidos aos seus antigos proprietários. Essa prática continua surpreendendo nos dias de hoje.

Para algumas empresas, é melhor destruir do que apagar

Segundo a Stellar Info, com base em dados do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos Estados Unidos, pelo menos cerca de 20 milhões de discos são destruídos anualmente no país. Esse cenário se repete em diferentes partes do mundo, geralmente impulsionado por empresas e governos.

Gigantes da tecnologia como Amazon, Microsoft e Google, assim como vários departamentos governamentais, bancos e agências de segurança, veem a destruição de dispositivos de armazenamento como uma solução eficaz e direta para prevenir que dados confidenciais caiam em mãos erradas.

Como apontado pelo Financial Times, estamos falando de discos rígidos corporativos que geralmente operam em centros de dados e que são substituídos após um certo período, não necessariamente no final de sua vida útil, mas cerca de cinco anos após a compra, que é quando as garantias geralmente expiram.

Os responsáveis por essas práticas priorizam, acima de tudo, a operação ininterrupta de seus sistemas e a prevenção de vazamentos de dados, cenários que, em caso de contingências, podem resultar em perdas milionárias, seja por interrupções de serviços ou por multas por violação da proteção de dados.

Diante dessa situação, surgiu um negócio que oferece serviços de destruição de discos rígidos. Algumas empresas, como a Sims Lifecycle Services, até oferecem destruição "in loco" para evitar que os discos rígidos se percam durante o transporte, uma preocupação real de alguns clientes desses serviços.

No entanto, alguns especialistas argumentam que essa prática não é a melhor solução. Se a intenção é realmente destruir os dados, existem maneiras digitais de fazer isso, o que permitiria a reutilização segura dos dispositivos. Diante disso, o Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) recentemente apresentou três alternativas possíveis.

Sob o princípio de promover a economia circular dos meios de armazenamento, o IEEE está promovendo vários métodos de apagamento seguro de dados (sanitização). Vamos ver, em linhas gerais, cada uma das suas propostas.

O IEEE destaca que os métodos de trituração de discos deixaram de ser completamente eficazes. Isso ocorre porque as técnicas de laboratório de última geração permitem extrair dados mesmo de pequenos fragmentos de 2 milímetros do prato de um disco rígido. A destruição só deve ser usada após a aplicação de outros métodos, sugerem.

Embora três alternativas sejam apresentadas, a mais importante, segundo o instituto, é a purga, um método que impede a recuperação dos dados, mesmo usando equipamentos de última geração. E, como o disco não é destruído, é possível reutilizá-lo, até mesmo fora do controle do proprietário original. Com o tempo, saberemos se essas alternativas terão sucesso.

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