Caso de Mariana Ferrer volta à tona. Relembre o crime!© Instagram, @maribferrer
Matéria atualizada em 22/7/2021, conforme orientações da equipe jurídica de Mariana Ferrer. Pedimos desculpas pelos erros cometidos anteriormente e agradecemos à equipe pelos esclarecimentos necessários sobre o caso.
O nome de Mariana Ferrer entrou nos Trending Topics do Twitter nesta quinta-feira (15). Além da ação de 25 deputadas que planejam ajudar Ferrer, a prisão de DJ Ivis, acusado de violentar sua ex-esposa, também levantou debate. Assim como a vítima de agressão está sendo ouvida, apoiadores desejam que Mariana, que alega ter sido vítima de estupro em 2018, possa ter sua justiça.
O Purebreak separou alguns tópicos para te ajudar a lembrar do caso de Mariana Ferrer e te atualizar sobre nova ação das parlamentares, a favor da influencer.
© Instagram, @maribferrer
Mariana foi violentada sexualmente em dezembro de 2018, enquanto participava de uma festa no Cafe de La Musique, em Florianópolis. Na época, Mariana era influencer e estava sendo paga para estar no evento.
Apesar de Mariana não apontar o nome do agressor, uma vez que estava inconsciente no momento do crime, a Polícia Civil chegou à identidade do possível autor, o empresário André Camargo Aranha. A investigação, portanto, apontou para um estupro de vulnerável. Além disso, laudos médicos afirmam que houve rompimento recente do hímen de Mariana, que era virgem quando tudo aconteceu.
Mariana Ferrer tornou público o crime em maio de 2019, com post em seu perfil no Instagram, a fim de pressionar a justiça. De acordo com equipe jurídica de Mariana, a decisão de expor o caso foi feita porque o inquérito estava parado e havia obstruções de provas. Vale lembrar que, durante todo o momento, a vítima estava sendo assessorada e acompanhada pelos seus advogados.
Rapidamente o caso ganhou notoriedade, virando pauta em muitos jornais, revistas e nas redes sociais.
O advogado que estava defendendo André apresentou fotos editadas de Mariana. Na imagem original, a menina aparecia vestida, de costas. A defesa mostrou a foto manipulada, como se ela estivesse nua - sendo que a vítima afirma nunca ter sido fotografada assim.
A intenção do profissional era apresentar uma "justificativa para o crime". Ele só esqueceu de um pequeno detalhe: estupro não pode ser justificado. Qualquer pessoa pode ter relações com frequências, falar sobre sua sexualidade ou postar fotos sensuais, se assim desejar - nada disso é um convite à violência de outras pessoas.
Em dezembro de 2020, o caso de Mariana Ferrer voltou a chamar atenção pelo desfecho do julgamento. O juiz da Vara Criminal de Florianópolis absolveu o réu. A decisão foi tomada porque, segundo a sentença, o homem não sabia que Mariana estava inconsciente no momento da relação.
Por essa justificativa absurda, muitas pessoas utilizaram o termo "estupro culposo" para representar a incoerência do julgamento. Estupro culposo, que seria estupro sem a intenção de estuprar, não é um crime real, apenas uma forma de mostrar a insatisfação dos apoiadores com o resultado.
© Reprodução, Diogo Ciochetta
De volta a 2021, na última quarta-feira (14), um grupo de 25 deputadas apresentou uma medida para ajudar Mariana no caso. A estratégia das parlamentares se chama "amicus curiae" e é quando uma terceira parte auxilia no processo, com objetivo de oferecer informações e estudos fundamentados sobre o tema.
É a primeira vez que um número grande de deputadas de diversos partidos - PT, PSOL, PSB, Cidadania etc - se reúne em defesa de uma vítima de violência.
A equipe de Mariana Ferrer recorreu e o caso segue em segunda instância. Vamos torcer para que a justiça seja feita!




