Rahabe Barros Editora
Libriana, boa de papo e apaixonada por reality show. Louca por gatos, não vivo sem café e com planos de dar uma volta ao mundo são outras curiosidades ao meu respeito. Após 10 anos, sigo encantada pelo jornalismo e por essa evolução diária da comunicação
Algumas expressões usadas no nosso cotidiano podem parecer um tanto comuns no vocabulário informal, mas a verdade é que, por mais que sejam ditas de forma inocente, podem conter uma grande carga racista e nós precisamos não só evitar, mas também combatê-las. O Purebreak reuniu 13 termos que de caráter preconceituoso para não reproduzir mais. Acompanhe!

O racismo, infelizmente, ainda existe e várias expressões carregadas de preconceito continuam sendo reproduzidas pela sociedade em relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares. Em sua forma estrutural, ele aparece no nosso dia a dia e, muitas das vezes, quase que imperceptíveis, como em alguns casos de apropriação cultural. Pensando nisso, o Purebreak listou 13 termos racistas para tirar do vocabulário.

Conheça termos racistas que precisamos combater:

"A coisa tá preta": A fala relaciona o "preto" a uma situação que vai do desconfortável ao perigo. Substitua a expressão por "A coisa está difícil".

"Serviço de preto": A frase preconceituosa é usada para se referir quando um serviço foi mal executado, usando a palavra "preto" como algo ruim novamente. Troque por "trabalho ruim".

"Denegrir": Segundo o Aurélio, denegrir significa "fazer ficar mais negro". No entanto, no cotidiano, pessoas usam como sinônimo de difamar, como se "torna-se negro" fosse algo ofensivo. Use somente o "difamar"

"Cabelo ruim": Assim como "cabelo duro", "mafuá", "piaçava" e outros derivados, essa expressão é usada para depreciar os fios afro, o que ao longo dos anos causou muita negação das pessoas às próprias origens. Use apenas "cabelo cacheado" ou "cabelo afro" sem tom pejorativo.

"Ter um pé na cozinha": A fala lembra o período da escravidão. No passado, o único lugar permitido para as mulheres negras era ficar nesse cômodo em uma casa grande. Então, apenas tire esse termo racista do vocabulário.

"Samba do crioulo doido": A frase, de forma debochada, é usada para se referir quando alguma confusão tá rolando ou algo atrapalhado, uma forma de estereotipar e discriminar novamente os negros.

"Não sou tuas negas": Essa é uma fala racista e muito machista também, não é mesmo? Ela usada para dizer que tal pessoa não é alguém que "faz de tudo", enquanto a mulher negra é "qualquer uma".

"Meia tigela": A expressão foi criada há muito tempo e envolvia o sofrimento dos negros que trabalhavam à força, o que será retratado na novela "Nos Tempos do Imperador". Por nem sempre conseguir atingir as "metas", eles eram punidos e recebiam apenas metade da tigela de alimento, além de terem sido apelidados de "meia tigela".

"Mulata": Essa é uma palavra para tirar do cotidiano. "Mulata", de acordo com a cultura espanhola", referia-se ao resultado do cruzamento entre um cavalo e jumenta ou jumento com égua. Atualmente, algumas pessoas usam para sensualizar a mulher negra.

"Cor de pele": Desde pequenos aprendemos pelos conjuntos de lápis coloridos que a "cor de pele" vai do tom rosado ao bege. No entanto, essa nuance não representa a cor de pele de toda uma nação, não é mesmo?

"Doméstica": Para quem acha que a palavra se refere a auxiliares de serviços gerais, a palavra "doméstica' tem toda uma carga racista por de trás. No passado, mulheres negras escravizadas trabalhavam para famílias brancas por serem consideradas "domesticadas", que podiam ser "corrigidas".

"Inveja branca": A inveja branca é considerada uma inveja "do bem", que não tem mal algum, ao contrário do negro. Procure não reproduzir essa expressão.

"Criado-mudo": O nome dado ao móvel que fica ao lado da cama vem da época da escravidão. Ele lembra o escravo que passava a noite "tomando conta" dos nobres, além de não poder fazer barulho para atrapalhar seus senhores. Use mesa de cabeceira.

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