João Maturana Estagiário
De sangue 100% escorpiano, João é filho do divórcio de Taylor Swift e Harry Styles e se encontrou no mundo da cultura pop.
O dia 28 de julho é conhecido como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+. Neste dia, comemoramos e celebramos a existências de todes os integrantes da comunidade. Uma história de muita luta, mas também de muita conquista. Em 2021, ainda temos muito o que avançar na agenda LGBTQIAP+. Mas, neste dia, escolhemos celebrar 10 histórias de famosos que inspiram e dão orgulho para a comunidade. Vamos conferir!

De Pabllo Vittar à Laverne Cox, a comunidade LGBTQIAP+ nunca esteve tão bem representada. Atualmente, muitas celebridades se sentem mais confortáveis de se assumirem e de representar tantas pessoas. A luta é diária, assim como a potência. Então, para comemorar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, listamos 10 celebridades com histórias que inspiram e dão orgulho de ser parte da comunidade, mesmo com todas as dificuldades.

Pabllo Vittar

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Um dos maiores nomes para a comunidade LGBTQIAP+ no Brasil atualmente, Pabllo Vittar já foi aclamada internacionalmente em publicações como The New York Times, The Guardian e chegou a ser apontada pela revista Time como uma das líderes da próxima geração. Mas, mesmo com todo sucesso que conquistou até aqui, Vittar, como qualquer integrante da comunidade, sofreu muito para chegar onde chegou.

A cantora nascida em Santa Inês (Maranhão), nunca conheceu seu pai e passou sua infância e pré-adolescência no Pará, com sua mãe e duas irmãs. Pabllo sempre teve apoio de sua família em relação a sua sexualidade e existência, mas o mundo não era como o coração de mãe. Na escola, foi vítima de bullying e agressões por conta de seu jeito afeminado, como é mostrado no clipe de "Indestrutível". Ela conta que quando criança não tinha nenhum artista para se espelhar, mas hoje inspira toda uma geração.

A partir de vídeos cantando covers no Youtube, a cantora foi ganhando reconhecimento e conseguiu ingressar no mercado musical, e o resto é história. Ele, que abriu o jogo sobre sua sexualidade, afirmando gostar de corpos, lançou recentemente seu novo trabalho "Batidão Tropical", e promete ter um futuro incrível no mundo da música, sendo uma grande referência nacional e internacional.

Silvero Pereira

We are like light filaments, we will at some point fade away - Silvero  Pereira as Lunga in Bacurau (2019, Kleber...

Silvero Pereira é um ator cearense que ficou muito conhecido por seu papel como Nonato/Elis Miranda na novela "A Força do Querer", e também como Lunga, no filme "Bacurau". De mãe lavadeira e pai mestre de obras, Silvero já relatou ter tido falta de água e de ter o que comer em boa parte de sua vida. Ele entende que o teatro salvou sua vida. Hoje em dia, com seu sucesso, Silvero ajuda sua mãe financeiramente e ainda banca a faculdade e apartamento de um de seus sobrinhos. Aos sete anos, foi vítima de um estupro e só foi entender a gravidade daquilo anos depois. Aos 13, Pereira saiu de casa para ir para a capital do Ceará, Fortaleza, atrás de melhores oportunidades. A partir do teatro, ele ajudou a criar um coletivo "As Travestidas", com drag queens, travestis, transexuais, gays e heteros, que, inclusive, já incluiu o ator Jesuíta Barbosa.

Dando a volta por cima, em 2019, Silvero fez sua estreia no tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes. De vestido longo e peruca, o ator esbanjou beleza e arrancou muitos elogios. No mesmo ano, Silvero recebeu o prêmio de Homem do Ano na categoria Cinema, pela revista GQ, por seu papel em "Bacurau". Para receber o troféu, ele foi montado e ainda ressaltou no seu discurso que veio do Ceará e que foi violentado socialmente por diversos anos, mas que estava ali e queria dizer que seu lado feminino empoderava o seu lado masculino.

Marta

10 Curiosidades da Marta Jogadora que Mostram seu Legado Além das 4 linhas!  - Zine Cultural

Considerada a maior jogadora de futebol brasileira, eleita seis vezes como a melhor jogadora do mundo pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), Marta foi criada no interior de Alagoas, seu pai a abandonou com apenas um ano de idade. Então, ela e seus três irmãos foram criados pela mãe, Tereza da Silva.

Desde criança se interessava por futebol, sendo constantemente a única menina no grupo que jogava bola. Ignorando o preconceito, a jogadora viria a fazer um sucesso inigualável no esporte. Naquele tempo, no entanto, ela precisava ajudar sua mãe no sustento da casa e, para isso, empurrava carrinho de mão com produtos da feira, vendia roupas e sacolés, aceitando qualquer serviço.

Marta chegou a conquistar uma vaga na Copa Infantil de Futsal, que era realizada em Santana do Ipanema, mesmo sendo a única menina jogando. Mas, por se sobressair a alguns meninos e, com isso, receber ameaças, decidiram retirá-la da competição. Mesmo assim, Marta conseguiu juntar dinheiro e, aos 14 anos de idade, foi para o Rio de Janeiro fazer testes para o Vasco e para o Fluminense, passando para o primeiro, e vindo a se tornar o ícone que é hoje.

Ludmilla

Em vídeo, Ludmilla faz tour por sua mansão – e mostra piscina vermelha! |  Capricho

Nascida e criada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a ex-MC Beyoncé conquistou seu espaço na indústria musical brasileira ao longo dos anos. Hoje em dia, é conhecida por seus diversos hits, como "Verdinha", "Din Din Din", "Cheguei", e seu mais recente EP de pagode, "Numanice".

Inspirada pela Beyoncé, Ludmilla sonhava com uma carreira na música, mesmo com toda as dificuldades que poderia enfrentar, por conta de sua condição social. Aos 16 anos, lançou o hit "Fala Mal de Mim", o primeiro de muitos sucessos no funk. A cantora largou seu antigo nome artístico em 2014, quando assinou com a Warner Music. Em 2019, ela se assumiu bissexual, e também revelou seu relacionamento com a bailarina Brunna Gonçalves. Elas se casaram em dezembro do mesmo ano.

Mesmo com sua trajetória de sucesso, Ludmilla ainda sofre diversos ataques racistas, homofóbicos e machistas nas redes sociais e pessoalmente. Mas isso não impede suas conquistas. Também em 2019, a artista fez história, tornando-se a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Multishow na categoria de Cantora do Ano.

Linn da Quebrada

Linn da Quebrada | Wiki | LGBT+ 🌈 Amino

O pai de Linn da Quebrada a abandonou quando ela tinha apenas cinco anos. A jovem, então, foi criada por sua mãe, uma empregada doméstica, e depois por sua tia, em São Paulo. A artista já precisou lutar contra um câncer, aos 23 anos, e essa foi só uma das muitas batalhas que enfrentou e ainda enfrenta.

Sendo uma mulher travesti negra e periférica, sua existência já é uma luta diária. No Brasil, país que mais mata transexuais e travestis no mundo, a presença de Linn é potência e um grito de guerra que ecoa por toda a sua música.

Atualmente, a artista já foi tema de documentário, em "Bixa Travesti", premiado com o Teddy no Festival de Berlim, atuou na série "Segunda Chamada", da Globo, e conquista o mundo da música com suas canções. As letras de suas músicas debocham da cisnormatividade e promovem representatividade de vivências trans.

Elliot Page

Em dezembro de 2020, Elliot Page se revelou um homem transgênero, por meio de sua conta no Instagram. "Eu amo ser trans. E eu amo ser queer. E quanto mais abraço plenamente quem sou, mais eu sonho, mais meu coração cresce e mais prospero", revela ele no texto.

Antes de se entender como trans, Elliot se via como uma mulher lésbica e já prestava muito apoio à comunidade LGBTQIAP+. Em 2015, estava produzindo uma série documental sobre o cotidiano e desafios enfrentados pela comunidade ao redor do mundo. Em uma dessas entrevistas, o ator chegou a vir ao Brasil entrevistar o - até então deputado - Jair Bolsonaro. Questionado por não acreditar que ser gay seria algo "normal", Bolsonaro ignora a pergunta feita por Page e afirma que a atriz era muito bonita e que se a visse na rua assobiaria para ela.

O ator faz sucesso em produções como "Umbrella Academy", da Netflix, e já chegou a ser indicado ao Oscar em 2008, na época, pela categoria de Melhor Atriz.

Laverne Cox

Lady Moriarty, GIF Hunter - Laverne Cox as Sophia Burset - GIF Hunt

Conhecida por seu papel em "Orange is the New Black", a atriz transgênero Laverne Cox é uma das atrizes trans mais premiadas na história. Quebrando barreiras, Laverne foi a primeira mulher trans a ser capa da revista Time e Cosmopolitan. Além disso, ela carrega no currículo o fato de ter sido a primeira atriz transexual indicada ao Emmy, justamente pelo papel na série que marcou sua trajetória.

Mas, mesmo seguindo fazendo história, as lutas não acabaram para ela. Em 2020, Cox compartilhou em seu Instragram o relato de um ataque transfóbico que sofreu enquanto caminhava com um amigo. O agressor chegou a questionar se ela era "menino ou menina" e logo após partiu para agressão contra seu amigo, que a defendeu.

Laverne segue sendo uma das maiores referências da comunidade LGBTQIAP+ no mundo, brilhando com sua carreira de sucesso e fazendo história a cada dia que se mantém viva.

Miley Cyrus

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Miley Cyrus começou sua carreira aos nove anos de idade, mas, durante a escola, sofreu bullying pelas colegas de classe. Ainda bem jovem, Miley fez sucesso estrelando a série "Hannah Montana". Por ser inserida tão jovem na indústria, a atriz e cantora sofreu com diversos ataques da mídia ao longo de sua carreira.

Em 2012, Cyrus fez uma explosão cultural ao apresentar um novo visual, com um cabelo mais curto que nunca. A partir do ano seguinte, ela daria início a uma era que iria impactar toda sua carreira e vida pessoal. "We Can't Stop" mostrava a artista se divertindo de forma muito mais explícita, e o clipe seguinte, da faixa "Wrecking Ball", foi ainda mais revolucionário, assim como sua performance no VMA daquele ano. Mesmo com tantos ataques misógino e conservadores, a artista viveu seu maior momento de aclamação, chegando a ser indicada ao Grammy por seu álbum "Bangerz".

Foi no ano de 2015 que ela se revelou pansexual, quebrando diversos tabus e colocando a questão desse tipo de orientação sexual para ser mais discutida na mídia.

Lil Nas X

Lil Nas X: 5 motivos para virar fã do cantor de "Montero" - Purebreak

Montero Lamar Hill, conhecido como Lil Nas X, recebeu esse nome em homenagem a um carro que sua mãe sonhava em ter, mas nunca pôde por conta de sua situação financeira. Como um bom integrante da Geração Z, aos 16 anos, ele começou a procurar um espaço para criar conteúdo na internet, apelando para o Facebook, Vine e Twitter, onde fez mais sucesso, adotando o pseudônimo "Nas".

O jovem decidiu largar os estudos em 2018 para se dedicar à música, enfrentando seus pais, e indo morar com sua irmã. Seus planos acabaram dando muito certo e "Old Town Road" o fez explodir no mercado musical, atingindo o topo da Billboard e rendendo duas vitórias no Grammy.

Quebrando muitas barreiras no cenário do Rap, Lil Nas X se destaca ao assumir sua homossexualidade e se sobrepor a todos os ataques que recebe diariamente. Após o lançamento de seu novo single "MONTERO (Call Me By Your Name)", diversas ofensas foram dirigidas ao artista, por conta do videoclipe em que dança sexualmente com o diabo, de forma satírica.

Ainda neste ano, Montero fez um post emocionante no Twitter divulgando seu novo hit. Falando sobre ter prometido a si mesmo nunca se assumir publicamente, nunca ser "aquele" tipo de gay e morrer com o segredo, mas entende, simplesmente ao não fazer isso, que portas foram abertas para as pessoas queer simplesmente existirem. "Você entende que isso é muito assustador para mim, pessoas vão ficar irritadas, irão dizer que eu estou forçando uma agenda. Mas a verdade é, eu sou".

Sam Smith

Sam Smith How Do You Sleep Music Video

Sam Smith assumiu sua homossexualidade aos 11 anos de idade. Na escola, sofria muito bullying e tinha medo de que seus amigos teriam vergonha de andar com ele por conta disso. Elu já revelou ter sofrido um ataque homofóbico em Londres, quando levou um soco na cabeça, a caminho de casa após sair do trabalho.

O preconceito seguiu elu até em sua carreira. Durante o início, Sam temia que as pessoas reconhecessem e cantore apenas como "o cantor gay", e não ser visto primeiro como cantore, para depois abordarem sua vida pessoal. Além disso, Smith também enfrentou uma forte pressão estética, tendo dificuldades para aceitar seu corpo, o que levou a uma cirurgia de lipoaspiração aos 12 anos.

Em 2019, Sam Smith se revelou não-binárie. E artista é um dos maiores nomes de sucesso do Reino Unido, colecionando prêmios no Grammy, Globo de Ouro e até mesmo Oscar ao longo de sua carreira de sucesso. Em 2020, Sam revelou estar melhor em relação as questões do seu corpo, ao postar uma foto sem camisa no seu Instagram.

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